terça-feira, 2 de junho de 2009

Commoditas omnis fert secum incommoda

Invoco o nosso sonho! Estendo os braços!
E ele é, ó amor, pelos espaços,
Fumo leve que foge entre os meus dedos!...
Florbela Espanca



..:Abyssus abyssum invocat:..
...
Hoje que me invade confuso sentimento presinto que algo não apenas confuso mas também complexo está por vir. Algo que me enebria, enaltece e desespera.
Como num sonho! Até duvidaria da veracidade das minhas palavras, se não estivesse à mercê da insônia; acreditaria estar dormindo profundamente, todavia não seria um alivio, meus últimos sonhos foram trazidos por Somniu daemo me tirando o sono e a paz. Enfim, fato é que tudo é real e pela primeira vez após tantos anos, me sinto novamente assombrado pelo fantasma do [des]amor, pela cruel dúvida que outrora me pôs na condição de poeta, mas que entretanto me impele à relatar: de certa forma a sobriedade d'um relato me alivia o peito, não por hora, mas futuramente n'uma releitura.
Deixemos de lado toda essa ladainha! Voltemos às primeiras horas desse dia fatídigo em que o somnu e o appetitus me são tão distantes, antes porém, como introdução à mim como personagem direi uma única palavra que define perfeitamente à mim e ao meu estado até então: Ceticismo. Dito Isso me limito a dizer que hoje me ví forçado a acreditar em algo que não pude ver ou tocar, simplesmente pude sentir, alguns o conhecem por Amor eu o chamo de Prehensionis. AGONIE!

Thiago Henrique